sábado, 17 de julho de 2010

Lindo blue - Walter Franco

É bom
Poder cantar
Em qualquer tom
É muito bom
Saber voar
Além do mar
Além do som
É muito, muito bom

Faz bem
Faz muito bem
Mergulhar
Em pleno ar
Em plena luz

Faz bem
Faz muito, muito bem
Sentir o céu
Se transformar
Num lindo blue

Eu que só

Faz tempo
Que não me imponho
A mim mesmo
Mas sou assim
Vivo e morro
A esmo

Código de Hamurábi

34. Se um . . . ou um . . . danificar a propriedade de um capitão, ferir o capitão, ou tirar deste presentes dados a ele pelo rei, então o.... ou .... devem ser condenados à morte.
35. Se alguém comprar o gado ou ovelhas que o rei fez por bem dar aos seus capitães, este alguém perderá seu dinheiro.
36. O campo, o jardim e a casa do capitão, do homem ou de outrém, não podem ser vendidos.
37. Se comprar o campo, o jardim e a casa do capitão, ou deste homem, a tábua de contrato deve ser quebrada (declarada inválida) e a pessoa perderá dinheiro. O campo, jardim e casa devem retornar a seus donos.
38. Um capitão, homem ou alguém sujeito a despejo não pode responsabilizar por a manutenção do campo, jardim e casa a sua esposa ou filha, nem pode usar este bem para pagar um débito.
39. Ele pode, entretanto, assinalar um campo, jardim ou casa que comprou e que mantém como sua propriedade, para sua esposa ou filha e dar-lhes como débito.
40. Ele pode vender campo, jardim e casa a um agente real ou a qualquer outro agente público, sendo que o comprador terá então o campo, a casa e o jardim para seu usufruto.
41. Se fizer uma cerca ao redor do campo, jardim e casa de um capitão ou soldado, quando do retorno destes, a campo, jardim e casa deverão retornar ao proprietário.
42. Se alguém trabalhar o campo, mas não obtiver colheita dele, deve ser provado que ele não trabalhou no campo, e ele deve entregar os grãos para o dono do campo.
43. Se ele não trabalhar o campo e deixá-lo pior, ele deverá retrabalhar a terra e então entregá-la de volta ao seu dono.
44. Se alguém tomar conta de um campo que não estiver sendo usado e fizer dele terra arável, ele deverá trabalhar a terra, e no quarto ano dá-la de volta a seu proprietário, pagando por cada dez gan (uma medida de área) dez gur de cereais.
45. Se um homem arrendar sua terra por um preço fixo, e receber o preço do aluguel, mas mau tempo prejudicar a colheita, o prejuízo irá cair sobre quem trabalhou o solo.
46. Se ele não receber um preço fixo pelo aluguel de seu campo, mas alugá-lo em metade ou um terço do que colher, os cereais do campo deverá ser dividido proporcionalmente entre o proprietário e aquele que trabalhou a terra.

Microconto 12 de 100

Leda, não enche.
Já temos idade demais.
Eu de paciente em coma, vá lá.
Mas você de estagiária de enfermagem, lambendo...
Tenha dó.

O olhar de Capitu - nona parte de um romance imensurável

E então o asmático do pomo-de-adão feito pedra, feito Pedro, se esquiva da esquina, do beco à breca. Estaca diante do que se professa adiante, como se na estiva estivesse a sapatear rutilante, nau tonitruante do imperador enregelado e estereofônico, algo sinfônico, celular e serial. Ali, ali, acolá o salto do ázimo caixote se encaixa feito vespa na tulha do ervanário. Ah, as tralhas, as trolhas do dicionário sob e sobre a tempestade amarelada, as mulas atoladas nas axilas e nas micoses das charretes idolatradas.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Livros e publicidade

Da Agência Fapesp.
No século 19 debutou no Brasil um novo gênero literário, o romance, responsável pela popularização da literatura no país. Discriminado como “gênero menor” frente às epopeias e outros gêneros poéticos da época, o romance se difundiu graças ao interesse dos leitores, mas também ao esforço de livreiros ávidos em vender seus produtos.

Para levantar essa história, Regiane Mançano analisou no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) três jornais do século 19, o Correio Braziliense, publicado em Londres, e os cariocas Gazeta do Rio de Janeiro e Jornal do Commercio.

Como não havia seções de crítica literária nos periódicos na época, Regiane utilizou os anúncios de romances pagos por livreiros como medidor da penetração dessas obras junto aos leitores. O trabalho resultou na dissertação Livros à venda: presença de romances em anúncios de jornais, que foi apresentada e aprovada em fevereiro e para a qual contou com apoio da FAPESP por meio de uma Bolsa de Mestrado.

O estudo surgiu do Projeto Temático Caminhos do Romance no Brasil – séculos 18 e 19, apoiado pela FAPESP e coordenado pela professora Márcia Azevedo de Abreu, do Departamento de Teoria Literária do IEL.

O Temático procurou investigar a consolidação do gênero romanesco no Brasil e teve caráter multidisciplinar, contando com a participação de professores e estudantes da área de letras e de história da Unicamp, da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de Minas Gerais.

O projeto de Regiane levantou informações importantes e alguns detalhes inusitados dos anúncios publicitários. “A autoria não era valorizada e muitos anúncios nem traziam o nome do escritor. No lugar, estampavam comentários morais e outras características sobre o livro”, disse à Agência FAPESP.

Na época, era comum o anúncio ressaltar que a história do livro moralizava os leitores pelos exemplos dos personagens. “Os textos diziam que a história apresentava personagens virtuosas e punia os vícios, por exemplo, passando uma ideia de aprendizado pela leitura”, disse.

Esse caráter moralizador e educativo era reforçado pelo perfil do público alvo explicitado nos anúncios: mulheres e jovens. Uma frase frequente nas peças publicitárias era “adequado para moças”, segundo explicou a professora Márcia Abreu.

“A preocupação era mostrar que o livro não seria um perigo para as mulheres no sentido de difundir comportamentos inadequados para a época”, disse.

Um desses comportamentos tidos como impróprios era, por exemplo, casar por amor. “O cônjuge era uma escolha do pai e não respeitá-la significava colocar em risco a autoridade paterna”, indicou Márcia.

Por conta disso, os livros eram considerados bons se apresentassem conteúdo moralizador, como histórias de punição para atos considerados inadequados e de recompensa para os que agissem de acordo com os padrões vigentes. O caráter educacional era destacado da mesma forma. “A ideia era que se podia aprender pela leitura e ao mesmo tempo se entreter”, disse Regiane.

Como recurso de reforço dessas mensagens, as histórias eram anunciadas como se tivessem realmente ocorrido. “Alguns anúncios afirmavam que o livro era uma transcrição de manuscritos encontrados com um moribundo, ou de cartas encontradas pelo autor”, disse.

Ao preço de uma calça

Outro ponto destacado pelos anunciantes no século 19 eram as características físicas dos livros, ou seja, o tipo de encadernação, quantidade de figuras ilustrativas, qualidade da capa e número de volumes – romances mais longos chegavam a ter 12 volumes.

Esses aspectos ajudavam a valorizar a obra e a justificar o seu preço. “Quanto mais imagens tivesse um livro, por exemplo, mais caro ele seria”, contou Regiane. Para comparar com parâmetros atuais de valores, ela apurou que o preço médio de um romance, na época, equivalia ao valor de uma calça de brim.

Também investigou a origem dos primeiros romances comercializados no Brasil. Os textos eram majoritariamente franceses, seguidos por portugueses, ingleses, espanhóis e alemães. As obras em língua estrangeira eram traduzidas em Portugal e chegavam ao Brasil pelo Rio de Janeiro.

Entre os títulos mais recorrentes anunciados nos jornais analisados três se destacaram: Aventuras de Telêmaco, Paulo e Virginia e Aventuras de Gil Blas. “O impressionante é que esses livros foram escritos nos séculos 17 e 18, venderam durante todo o século 18 e estavam presentes nos anúncios do século 19, mas hoje nem sequer ouvimos falar deles”, disse Regiane.

Outra peculiaridade eram os locais de vendas de livros. Na primeira metade do século 19, eles não estavam restritos às livrarias e poderiam ser encontrados em lojas de armarinhos, em vendas particulares nas residências ou mesmo em leilões. A Impressão Régia e a Gazeta do Rio de Janeiro tinham lojas próprias para vender periódicos e livros. Havia ainda o comércio de obras usadas, dirigido pelos alfarrabistas.

Consolidação do romance

Segundo Regiane, parte do sucesso de público conquistado pelo gênero se deveu à atuação publicitária dos vendedores, sobretudo dos livreiros. Ela detectou, entre os anos de 1808 e 1844, um considerável aumento no espaço publicitário ocupado pelos livros.

“Ao buscar ampliar sua margem de lucro, os livreiros aturam como agentes difusores do gênero romanesco na cidade do Rio de Janeiro no período, contribuindo para a consolidação do gosto pelos romances”, disse.

Márcia conta que, em seus primórdios, o gênero tinha uma faceta muito mais comercial do que aquela que conhecemos hoje. “O romance não era considerado uma obra elevada do espírito. Ele estava muito mais associado a um produto comercial, assim como nos dias de hoje é visto o cinema”, apontou.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Viva (agora e para sempre e sempre) o Dante Mendonça

Do blog do Zé Beto (www.jornale.com.br)
O cartunista, colunista e escritor Dante Mendonça acaba de ser informado por José Carlos Veiga Lopes, presidente da Academia Paranaense de Letras, que foi eleito para a Cadeira Número Um, cujos antecedentes foram Antônio Vieira dos Santos (Patrono), José Francisco Rocha Pombo (Fundador) e Valfrido Pilotto (1º Ocupante). Foram 23 os votantes e o chapa foi eleito por unanimidade. Agora ele é imortal, como o outro chapa, Laurentino Gomes.

E eu acrescento mais quatro coleguinhas acadêmicos: Adherbal Fortes de Sá Júnior, Apollo Taborda França, Luiz Geraldo Mazza e Ernani Buchmann. Sem falar no professor René Ariel Dotti, que foi crítico teatral do Diário do Paraná e ainda publica artigos nos jornais da terrinha (um segredo: Dotti advoga de graça para coleguinhas, mas não abuse dele. Nunca precisei, mas... Lembro-me que, quando estudava direito, reprovei de propósito em direito penal, com outro professor, só para ter aulas com René).
Falta agora o professor João Féder naquela casa de highlanders.
E cadê o Tezza? Cadê o Tezza?
Pena não se terem lembrado, em tempo, do Manoel Carlos Karam - que, por sinal, nunca foi candidato, mas que gostaria de ter sido indicado por alguém, ah, isso gostaria.
Assim, de cabeça, Dante e Ernani (como Karam) são catarinas e podem figurar também na Academia de lá, vishti?
E queremos o Laurentino Gomes ("1808" e, logo, "1922"), o nosso José Murilo de Carvalho de bom humor, na Academia Brasileira de Letras. Que me lembre, só tivemos lá o nosso grande parnaguara - como minha bisa Balbina - Emílio de Menezes, o "dr. Mosquito" (não sei se é de lá ou do Rio, onde ele ficou famoso, mas parnanguara sem apelido não é de lá).
Está a caminho da nossa Academia o Luiz Henrique Pellanda, boa amizade construída - e a ser consolidada com o tempo - no falecido jornal Primeira Hora. Baita jornalista da área cultural e, agora, ótimo contista.
Na área acadêmica, defendo os professores de ciência política e sociologia política(doutores e tal, mas quietinhos em suas belas pesquisas e ótimos livros) Adriano Codato e Renato Monseff Perissinotto; na bica, o coleguinha e professor (também doutor, e dos craques) Emerson Urizzi Cervi.
Que ninguém vá morrendo assim, à toa, mas vamos escalando o time.
É bobagem isso de Academia? O poeta Ferreira Gullar, gigante da língua portuguesa, desdenha a ABL mas quer comprar e, quando se falou, e agora se fala de novo em Prêmio Nobel, arrepia-se todo, aos 80 anos de uma vida e obra brasileiríssima e admirável.
Voltemos, viajei.
São estes os titulares da Academia Paranaense de Letras, de acordo com o saite da dita cuja (http://www.academiapr.org.br/content/acad%C3%AAmicos):
Poderia comentar quase todos, mas fico nos de quem conheci a aura.

1 Dante José Mendonça (já taí)
2 Ernani Lopes Buchmann (ótimo; gente fina; belo amigo; seu "Quando o futebol andava de trem", só este, sem citar os demais, já vale a cadeira pela pesquisa e trabalho final)
3 René Ariel Dotti (fui aluno e sou eterno admirador)
4 Eduardo Rocha Virmond (escreve super bem, sabe tudo de jazz, ópera e tal; vivia no Estadão; sou amigo do filho, Eduardo, perdido na bruma dos anos, com quem ouvia muito, nos tempos de faculdade de direito, o imenso Bill Evans)
5 Leopoldo Scherner
6 Oriovisto Guimarães (fui seu aluno num cursinho onde só dormia, mas acordava em suas aulas; até hoje sei algo de determinantes e conto aos pequeninos a história de Gauss, que um dia, quando acordei, aprendi numa aula oriovistiana: 1 + 59 = 60, 2 + 58 = 60; etc e tal.)
7 Vaga
8 Rafael Valdomiro Greca de Macedo (trabalhei em sua secretaria da comunicação; não tem só verniz cultural, é lido e escreve bem e tal, embora goste de chutar de fora da área; gente boa)
9 Ário Taborda Dergint
10 Flora Munhoz da Rocha
11 João Manuel Simões
12 Ernani Costa Straube (filho de Guido Straub, foi meu diretor no glorioso Colégio Estadual do Paraná; na minha visão de moleque, o mais democrático de todos, naqueles tempos de ditadura e tal)
13 Rui Cavallin Pinto
14 José Carlos Veiga Lopes
15 Adélia Maria Woellner
16 Alceo Ariosto Bocchino (grande maestro; já cantei em coro regido por ele; craque)
17 Clemente Ivo Juliatto
18 Laurentino Gomes (meu colega na UFPR, no Estadinho, no Estadão, no JT e na Veja, muitas vezes preocupado comigo; é querido amigo de mais de 30 anos)
19 Carlos Alberto Sanches
20 Luiz Geraldo Mazza (amigo querido de quem fui colega de jornal, companheiro de bar e de futebol; ainda por cima é coxa e irmão do Mazzinha e, principalmente, da inesquecível Albinha, amiga querida)
21 Albino de Brito Freire
22 Metry Bacila
23 Vaga
24 Chloris Casagrande Justen
25 Vaga
26 Léo de Almeida Neves
27 Noel Nascimento
28 Belmiro Valverde Jobim Castor (grande professor, boa fonte, amigo de meu irmão Carlos)
29 Leonilda Hilgenberg Justus
30 Adherbal Fortes de Sá Jr. (grande figura, mestre de alguns dos meus professores de jornalismo na prática; leal, tipo amigo desde a mais tenra infância)
31 Lauro Grein Filho
32 José Wanderlei Resende
33 Vaga
34 Antônio Celso Mendes
35 Ricardo Pasquini
36 Apollo Taborda França (belo e simpático professor de planejamento de empresas de comunicação social na Federal; obviamente, nem se lembra de muá)
37 Clotilde de Lourdes Branco Germiniani
38 Carlos Roberto Antunes dos Santos
39 Vaga
40 Valério Hoerner Júnior
Eterna vida aos nossos imortais.

terça-feira, 13 de julho de 2010

USP cria novo sistema de criptografia

Da Agência Fapesp
Utilizados para garantir a segurança nas transações comerciais em meio eletrônico, os sistemas de criptografia são constantemente postos à prova. À medida que novos algoritmos são criados para codificar e tornar mais seguras informações sigilosas, surgem também novas maneiras de quebrá-los.
Com base na teoria do caos, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu um novo sistema de criptografia que, mesmo sendo mais seguro, mantém a velocidade e a operacionalidade dos sistemas tradicionais.
O novo sistema foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) e do Departamento de Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP). O trabalho foi publicado recentemente na International Journal of Modern Physics C.
De acordo com Odemir Bruno, professor do IFSC e um dos autores do artigo, devido ao apelo comercial do novo sistema, a pesquisa gerou uma patente que está em fase de depósito no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A Agência USP de Inovação está buscando empresas interessadas em licenciar a tecnologia.
“Combinamos o método tradicional de criptografia com uma parametrização dinâmica obtida a partir de sistemas caóticos. Essa abordagem inovadora produziu um algoritmo computacional que melhorou a segurança e a velocidade ao mesmo tempo”, disse Bruno à Agência Fapesp. Participaram do trabalho Alexandre Martinez, professor da FFLCRP, e Anderson Marco, estudante de graduação do IFSC.
Segundo Bruno, o sistema poderá trazer mais segurança às transações bancárias e ao comércio eletrônico, por exemplo, além de ter aplicações como a codificação de arquivos em notebooks, para evitar problemas em caso de roubo ou furto do equipamento.
“A história mostra que não existe algoritmo que não possa ser quebrado um dia. Mas o nosso sistema dificulta muito a ação de hackers que tentam romper códigos de segurança na internet”, afirmou.
A criptografia tradicionalmente utiliza operações lógicas ou aritméticas simples para embaralhar letras, números e símbolos, codificando as mensagens de forma que apenas pessoas autorizadas possam decodificá-las. Mas, à medida que cresce a importância comercial da criptografia, aumenta também o empenho dos hackers e espiões em quebrar os algoritmos.
“Cada vez mais os sistemas criptográficos estão sendo quebrados, o que tem motivado a busca por novas formas de produção de algoritmos. Nas últimas duas décadas, por exemplo, foram criados alguns algoritmos de criptografia baseados na teoria no caos”, contou Odemir Bruno.
Entretanto, os métodos que utilizam sistemas caóticos até agora apresentavam limitações severas que os tornavam lentos demais para aplicações comerciais.
“Esses métodos tinham um viés muito teórico, com foco em pesquisa básica. Várias equações foram propostas em artigos científicos, mas não tinham grande preocupação com a parte técnica. O resultado era que esses algoritmos não eram de fato seguros, ou então eram complexos e lentos demais para permitir o uso no mundo comercial”, disse Bruno.
Sequências pseudoaleatórias
O algoritmo criado pelo grupo da USP, segundo o professor do IFSC, supera esses problemas, aproximando-se da velocidade dos métodos tradicionais, mas com um desempenho superior em relação à segurança.
“Quando o algoritmo é utilizado em máquinas com múltiplos núcleos, ou mesmo em processadores de placas gráficas (GPU), ele apresenta velocidade suficiente para atender a demanda comercial com maior segurança do que os algoritmos atuais”, afirmou.
Com a criptografia tradicional, segundo Bruno, leva-se cerca de cinco minutos para criptografar a quantidade de informação equivalente a um CD. Os métodos anteriores baseados na teoria do caos levariam cerca de uma hora e meia para criptografar a mesma quantidade de informação. O novo algoritmo faz o serviço em cerca de oito minutos.
O método já está operacional e há uma demonstração disponível na internet. Bruno explica que o sistema utiliza uma matemática bem mais sofisticada do que os tradicionais. O método caótico se baseia na geração de sequências pseudoaleatórias.
“O sistema caótico produz uma sequência de números pseudoaleatória. Se os parâmetros iniciais do sistema caótico forem exatamente os mesmos, a sequência será sempre a mesma. É impossível que alguém gere a mesma sequência aleatória, a não ser que tenha acesso ao sistema caótico com parâmetros iniciais idênticos”, explicou.
O artigo Fast, Parallel and Secure Cryptography Algorithm Using Lorenz\'s Attractor (doi: 10.1142/S01291831100151660, de Odemir Bruno, Alexandre Martinez e Anderson Marco, pode ser lido por assinantes da International Journal of Modern Physics C em www.worldscinet.com/ijmpc.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

João Saldanha partiu no dia 12/07/1990

Por Roberto José da Silva, no blog do Zé Beto (www.jornale.com.br)Alguém que começava a falar e escrever sempre com um doce “meus amigos”… Era para o povo que o entendia, porque, além de tudo, ele era o João Sem Medo. Gaúcho de Alegrete, carioca de coração, jogador e técnico campeão do Botafogo, chegou à seleção brasileira e montou o time de feras, as Feras do Saldanha, craques que passearam nas Eliminatórias e serviram de base para a seleção tricampeã de 1970. Comunista de carteirinha, nunca levou desaforo pra casa. Peitou os milicos por causa dos palpites do ditador Garrastazu Médici. Mostrou o berro para Yustrich, técnico falastrão que criticou seu trabalho. Um dia, quando escrevia para a revista Placar, esteve em Curitiba, que adorava e onde mantinha grandes amizades, como Anfrisio Siqueira, presidente da Boca Maldita. Apareceu na sucursal e entregou os originais da coluna. As letrinhas estavam em vermelho. Fiz questão de passar pelo telex. Momento raro de beber na fonte antes de ela ser publicada. Morreu na Itália, durante a Copa do Mundo. Fazendo o que sempre gostou. Amém e Saravá!
--
Só uma correção: não chegou a mostrar o berro a Yustrich, pois este se mandou antes de João chegar.
Estava na sucursal da Abril quando João apareceu com sua coluna, as laudas meio amarfanhadas, a ortografia vencida, mas o raciocínio perfeito, admirável.
Segue uma historinha que ouvi:
Saldanha, já doente e de cadeira de rodas, encontrou-se com o comentarista Juca Kfoury no aeroporto de Roma, às vésperas da Copa.
- Grande Saldanha. Que saudade. Tudo bem?
- Tudo bem, Juca. Estou sentado aqui só de sacanagem.

Em tempo: não deixe de ler "João Saldanha", de Sandro Moreyra, obra da série Perfis do Rio, da Relume Dumará.

Por que a Espanha triunfou

Os campeões na rua, no meio de redemoinho


José Sámano, editor de esportes do El País, conversou com internautas de todo o mundo e explicou a vitória da Espanha na Copa; não só na Copa, mas no basquete, no tênis...
Muy buenas y felicidades por lo que nos corresponde. Mii pregunta es:¿Puede este estilo de juego que practica la selección Española,tener continuidad?.Muchas gracias.

Hola, buenas tardes a todos por vuestra presencia aún desde Johanesburgo, afortunadamente por pocas horas. Éstoy convencido de que se perpetuará el estilo. Y más ahora tras este éxito lunático. De los actuales jugadores, solo veo fuera del próximo Mundial en Brasil a Puyol y Xavi, por edad. Es previsible que las canteras desarrollen este modelo. El éxito siempre cala.
carles2. 12/07/2010 - 15:16h.

al final, gran mundial! y algunas apariciones interesantes, cuando no estelares. ¿las 5 "promesas" del mundial? müller, busquets, honda, coentrao, ¿piqué?... graicas ¡y felicidades a vosotros también!

De acuerdo con usted, buen Mundial con un poco de todo, grandes emociones, frustraciones, sorpresas, avatares (árbitros pésimos, falta de tecnología, el balón...). Me quedo con los que usted cita, quito las interrogaciones a Piqué, confirmo con mayúsculas a Pedro y añado a Anna (Ghana), Pastore (Argentina), Cavani (Uruguay) y Khedira y Friederich (Alemania).
Conexion MENDEL-CASTELLON3. 12/07/2010 - 15:20h.

Jose, tu que has sido un estudioso de todos los temas deportivos desde tu epoca universitaria ¿a que crees que se debe la evolucion del deporte español en estos ultimos 5 años, con la eclosión de triunfos de un pais relativamente pequeño comparado con las potencias mundiales y rubricado con la demostración de calidad, sencillez y saber estar de nuestros futbolistas ayer en la final y en general de otros deportistas como Gasol o Nadal?

Me suena a una conexión muy tenística, ¿quizá? Saludos mendelianos. Creo que estamos ante una generación desacomplejada, que no tiene ni remotas referencias del oscurantismo cavernario de hace unos años, aquel victimismo que no era más que una excusa cualquiera. Y, además, estos chicos conjugan muy bien el talento con el esfuerzo (Nadal y Gasol tienen ambas cosas). Hay otro dato interesante: la mayoría, Alonso, Nadal, Gasol, Lorenzo, Xavi, Casillas, etc... han triunfado en categorías inferiores, saben muy bien que los alemanes o estadounidenses no muerden y han aceptado con naturalidad medirse a grandes retos en el extranjero. De alguna forma van muy por delante de lo que se creen los políticos.
GN74. 12/07/2010 - 15:22h.

Cuesta creer que un deporte y espectáculo de esta relevancia tenga unos jueces tan sumamente mediocres...con tal actitud del árbitro y de los holandeses; usted cree que si nosotros hubiésemos hecho eso, no nos avergonzaríamos? Me alegro mucho que su artículo sea la portada de hoy de El Pais.

Gracias. Le puedo asegurar que hay holandeses avergonzados. Conozco a dos: Johan Cruyff y Patrick Kluivert. Si yo fuera holandés preferiría el subcampeonato del 74 que la victoria de ayer con semejante matonismo.
Tom Ach5. 12/07/2010 - 15:23h.

Todos los que salieron lo hicieron muy bien...pero sinceramente, ¿Crees que Torres estaba en las condiciones fisicas idóneas para jugar un Mundial?

No, no lo estaba y se ha visto. Pero el chico ha hecho un esfuerzo extraordinario y se merecía intentarlo. Otro se hubiera quedado en la playa. Y mire, casualidades de la vida, participó en el gol de Iniesta.
alextremoduro6. 12/07/2010 - 15:23h.

¿Tras el éxito de la Eurocopa y el Mundial, por fin se puede decir que Xavi es el mejor jugador español de la historia?

Sí, sí, sí y otra vez sí.
GREGORY507. 12/07/2010 - 15:26h.

¿Que importancia le das a Vicente del Bosque en el exito alcanzado?

Un veinte sobre diez. Hace mucho, mucho, que no veía a un seleccionador manejar tan bien a un grupo, acertar de tal forma con los cambios (recuerde el gol de Iniesta: tres suplentes en la jugada, Navas, Torres y Cesc) y comportarse de forma tan ejemplar tras tantos días de convivencia y máxima presión. Este sí que es un sabio y, además, sencillo, educado y comedido.
Jaime D. - El Puerto8. 12/07/2010 - 15:27h.

D. José, ¡qué grande es el fútbol! ¡Y qué grande lo hacen personas como Andrés Iniesta! Nosotros, los seguidores, los incondicionales adoramos este deporte por personas como Andrés y no por esos jugadores-productos consecuencia del marketing que tanto últimamente han pisado nuestro país.... ¿Se enterarán en muchos sitios de una vez que no queremos productos de marketing sino personas con sentimientos como Iniesta?

No puedo añadir ni quitar. Suscrito. Pero verá cómo algunos siguen sin enterarse. El fútbol se vive, no se compra.
John Self9. 12/07/2010 - 15:29h.

Como recibirá millones de preguntas sobre la selección española, a mí me gustaría formularle una pregunta desde la óptica del equipo perdedor: ¿No cree que el partido de Robben fue conmovedor y emocionante? Él solo estuvo a punto de ganar a uno de los mejores equipos de la historia en la final de un mundial.

Según cómo se mire. Fue la única amenaza holandesa, pero en una final, un jugador de su categoría queda tachado por su desacierto (o acierto de Iker). Cualquier futbolista del mundo hubiera soñado con esas dos ocasiones.
Manuel Alcántara10. 12/07/2010 - 15:31h.

Desgraciadamente, ya no es como antes cuando el tìtulo se defendía en el siguiente mundial, y España no tendrà suficiente con su condición de campeona del mundo y tendrà que ganarse un puesto para ir a Brasil 2014. Ya se que quizà sea pronto, pero Puyol, Marchena, Capdevila, es difícil que estén y otros como, quizàs Xavi o el mismo David Villa, estaràn ya en la recta final de sus carreras en esa cita. ¿Ves a gente joven con capacidad para sustituir a estos jugadores sin bajar el nivel?

Veo que tienen que existir muchos Pedros y Javis Martínez por esos viveros. Ahora falta que los presidentes inviertan de otra forma y den un paso al frente los entrenadores valientes.
GH11. 12/07/2010 - 15:33h.

Es muy temprano, pero, ¿es posible que España repita en el próximo mundial? Implico que ahora es tiempo de trabajar, de seguir trabajando, ¡Bravo Del Bosque!

Es curioso, España acaba de ganar su primer Mundial y en la resaca nos preguntamos ya por el siguiente. Si no me falla la memoria, lo que es posibel, el campeón no repite desde Brasil en el 58 y 62.
Xavi the best12. 12/07/2010 - 15:35h.

Don José: Enhorabuena por su artículo sobre Xavi, del que yo también estoy enamorado. Hasta tal punto que soy pesimista al respecto del futuro de esta selección cuando él se retire. Tres preguntas: ¿Cree, como yo, que es el único irremplazable y que probablemente aún no ha nacido su sustituto?. ¿Lo calificaría como el mejor centrocampista de la historia?. ¿A qué otros jugadores le recuerda, aparte de Guardiola?.

A los genios no se les encuentra recambio tan fácil y Xavi lo es, pero ha creado escuela y todo será más fácil. Ni siquiera me recuerda a Guardiola; de hecho empezó de cuatro y ahora juega más cerca del área. El propio Pep le dijo una vez que Iniesta le retiraría como él le había hecho. Y ya vemos que ahora conviven los tres y de qué forma. Xavi es un especialista único al servicio de todos. Y no recuerdo un futbolista como él en lo suyo.
Conistorsis13. 12/07/2010 - 15:36h.

¿Seguirá Vicente del Bosque al frente de la Selección?¿Qué noticias tiene?

Ha renovado hasta la Eurocopa 2012 en Polonia y Ucrania.
Soulcrates14. 12/07/2010 - 15:36h.

¿Que le queda por conquistar al deporte español despues de esto?

Los 100 metros lisos, pero el tal Usain Bolt es un hueso...
Tutatis15. 12/07/2010 - 15:42h.

Cuando ayer marcó Iniesta y vi llorar a Iker, me eché a llorar yo también. Me acordé de todas las decepciones que hemos vivido los que ya tenemos 50 años. Y todavía no me lo creo. Tengo una vieja camiseta de Carrefour, pero ya le he pegado una estrella de plástico encima del escudo. Y hasta que se caiga a pedazos. Creo que todavía sigo llorando. Gracias por su inteligencia y sus conocimientos. Pensé que Segurola era irremplazable, pero no.

Muchas gracias por su generosidad, pero sin aquella convivencia profesional con Santi y otros, y sin todos, absolutamente todos, los excelentes compañeros de la sección de EL PAÍS nada sería igual. Supongo la emoción que debe sentir usted y otros tantos. Por desgracia, desde la tribuna de prensa el oficio, las prisas y la pela con el teclado, la mente y el diccionario aplazan las alegrías.
Dgonza.16. 12/07/2010 - 15:44h.

Hola, Felicidades a todos! José, me gustaria conocer su opinion sobre la introducción del video en el fútbol. Tengo la sospecha de que la reticencia de la FIFA se basa en la perdida de control de dicho organismo en cuanto a las decisiones arbitrales. Ayer vimos una Holanda violenta e indigna de ser campeona del mundo. Las patadas de De Jong, Van Bomel y Sjneider merecían roja directa, indiscutible si se repasa el video a cámara lenta. Un saludo y grac

Introduciría el vídeo para las jugadas de gol, como el de Lampard, para nada más. Ocurre que los árbitros son malos, hacen lo que quieren y encima en un espectáculo pagado y tan masivo tienen el privilegio de no tener que dar explicaciones, no son de este reino. Pero no digo más porque luego se enfandan conmigo.
pocahontas17. 12/07/2010 - 15:46h.

porqué la fifa consiente el juego sucio? y porqué los periodistas se mantienen como meros observadores y se os ve temerosos de opinar claramente sobre la legislación en futbol?

Jamás he tenido temor a la FIFA y menos a los árbitros. Los periodistas observamos y criticasmos, yo mismo he dedicado parte de la crónica a denunciar la cacería consentida por el inglés Webb.
Isidoro18. 12/07/2010 - 15:47h.

No entiendo mucho de fútbol, pero creo que viendo a nuestra selección no hace falta para disfrutar de este deporte. Mi pregunta es ¿Fue Holanda más allá de los límites de violencia que deberían estar permitidos, o no soy más que un forofo que quiere ver sólo lo que le interesa?

Se extralimitó por completo. La patada de De Jong a Xabi Alonso debería ser arresto futbolístico, como poco. Y hubo una, entre muchas, que me estremeció: un plantillazo con toda la mala saña de este mundo de Sneijder a la rodilla de Busquets.
Erdosain19. 12/07/2010 - 15:50h.

Del télex en México 86 al fax en Italia 90; de los ordenadores en EE.UU. 94 a las redacciones remotas en Francia 98; del wi-fi en Japón-Corea 2002 al blog en Alemania 2006. Sudáfrica 2010 fue el reino de la hiperconexión: texto, foto y video. como imagina la cobertura periodistica del 2014?

La miro con extraordinaria inquietud y un elevado escepcticismo. No me importa el medio de transmisión, todos son atractivos, sino que me preocupa que en la dispersión arrastren a la banalización. Por una vía u otra, PERIODISMO.