quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Código de Hamurábi

112. Se durante uma jornada, a alguém forem confiados prata, ouro, pedras preciosas ou outra propriedade móvel de outrem, e o dono quiser reaver o que é seu: se este alguém não trouxer toda a propriedade no local apropriado e se apropriar dos bens para seu próprio uso, então esta pessoa deverá ser condenada, e terá de pagar cinco vezes o valor daquilo que foi confiado a ele.
113. Se alguém tiver um depósito de cereais ou dinheiro, e tomar do depósito ou caixa sem o conhecimento do dono, aquele que retirou algo do depósito ou caixa sem o conhecimento do proprietário deve ser legalmente condenado, e pagar os cereais que pegou. Ele deve também perder qualquer comissão que lhe fosse devida.
114. Se alguém tiver uma demanda por cereais ou dinheiro com relação ao outrem e tentar obter o que lhe é devido à força, este alguém deverá pagar 1/3 de mina em prata em cada caso.
115. Se alguém tiver uma demanda por cereais ou dinheiro com relação ao outrem e levar este outrem à prisão: se a pessoa morrer na prisão por causas naturais, o caso se encerra ali.
116. Se o prisioneiro morrer na prisão por mau tratamento, o chefe da prisão deverá condenar o mercador frente ao juiz. Caso o prisioneiro seja um homem livre, o filho do mercador deverá ser condenado à morte; se ele era um escravo, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em outro, e o chefe de prisão deve pagar pela negligência.

Eleição

Serra vai dançar por obra e graça de seus amigos. Primeiro o Paulo Afrodescendente, agora os caras do rolo do metrô. E quem acaba com ele é justamente a Folha, lídimo representante do PIG. Serra só se salva se destruir a Dilma no debate. A ela, basta defender-se (as pesquisas apontam que nada cola em Dilma e Lula) e contra-atacar no momento certo.

Microconto 13 de 100

Na ação de divórcio, ela abriu mão de quase tudo. Pediu para ficar com o sofá da sala. Tudo começou ali, ele depois rindo e limpando o pinto na cortina.

O olhar de Capitu - 12.ª parte de um romance impublicável

Como se dará a execução deste parvo cigarro quase apagado?, indaga o monge anelar. Gera-se o polegar merceeiro secular, seguro de ser alveolar, como se fabricado em oxigenado laticínio, parido em estação farisaica auricular. Industrial, idolatrado quadricular calçado, lendo, modorrento, madrugueiro torneiro. Onde, onde?, provoca o cocainômano, espirrando, salgado, triangular manhã de peras e chaves-de-fenda.